domingo, 21 de junho de 2009

PLANOS DE AULA - ANA CLÁUDIA

Cada plano de aula postado a seguir foi aplicado com as duas turmas da 4ª série que acompanhei, das professoras Karla e Beth.

Plano de aula 1
Data: 28/05/2009


Tema: IEU

Duração: aproximadamente 50 minutos

Material: Bola e giz

Objetivo Geral: Testar e verificar algumas capacidades coordenativas das crianças.

Objetivos Específicos: - Desenvolver atividades que proporcionem aos alunos momentos de lazer e diversão, ao mesmo tempo em que seja um novo desafio a ser vencido pelos mesmos. Partindo desse referencial, desenvolver as capacidades coordenativas dos alunos, através de atividades propostas pelo método da IEU ( Iniciação Esportiva Universal).

Descrição das atividades:
Pega-Pega de corrente (Duração: aproximadamente 10 minutos):
Haverá um pegador inicial. Ao pegar um colega, o pegador deve dar a mão para o mesmo, tornando-se dois pegadores. Ao pegarem o terceiro colega, serão 3 pegadores, e assim, sucessivamente. Os pegadores só podem pegar os colegas estando todos de mãos dadas.
“Cara e coroa” (Duração: aproximadamente 15 minutos): Dois grupos, um denominado “cara” e outro, “coroa”, se disporão em duas filas, uma de frente para a outra, tendo uma bola ao centro. O professor deverá numerar os integrantes de cada fileira. O professor sempre dirá um número, e os alunos que possuírem o número chamado deverão tentar pegar a bola. Ganha o grupo que atingir 10 pontos primeiro.
Pare-bola: (Duração: aproximadamente 10 minutos): Cada aluno sorteará um papel sortido com o nome de um animal que estará em um recipiente. O professor escolherá um aluno para iniciar a atividade; o aluno escolhido deverá escolher o nome de um animal, apresentado em uma lista pelo professor e gritá-lo. O aluno que possuir o animal que foi chamado deverá pegar a bola e dar o comando “pare bola”. Simultaneamente a esta ação do aluno, os outros deverão distanciar-se o máximo possível da bola. No momento do comando “pare-bola”, todos devem permanecer no lugar em que estiverem. O aluno com posse de bola poderá dar 3 passos e deverá tentar “queimar” algum colega; caso a ação anterior seja executada com sucesso, o aluno “queimado” passa a ser o que escolhe um animal.
Coletivo De Futebol e Queimada ( aproximadamente 10 minutos)

Avaliação da aula: em um breve momento após o encerramento das atividades ( aproximadamente 5 minutos), os professores se reunirão com os alunos para saberem se as atividades propostas foram prazerosas e o que foi aprendido pelos mesmos.



Plano de aula 2
Data: 04/06/2009


Tema: IEU

Duração: aproximadamente 50 minutos

Material: Bola de plástico, bolas de jornal e giz

Objetivo Geral: Testar e verificar algumas capacidades coordenativas das crianças.

Objetivos Específicos: - Desenvolver atividades que proporcionem aos alunos momentos de lazer e diversão, ao mesmo tempo em que seja um novo desafio a ser vencido pelos mesmos. Partindo desse referencial, desenvolver as capacidades coordenativas dos alunos, através de atividades propostas pelo método da IEU ( Iniciação Esportiva Universal).

Descrição das atividades:
“Cara e coroa”( variação)(Duração: aproximadamente 10 minutos):
Dois grupos, um de frente para o outro e, entre eles, várias bolas ( feitas de jornal). Ao sinal do professor, que será ou “cara” ou “coroa”, o grupo chamado deverá pegar a bola e tentar acertar os colegas do grupo adversário, antes que os mesmos ultrapassem uma linha pré determinada.
“Queimada Real (Duração:aproximadamente 15 minutos): Dois grupos, cada um possuirá uma rainha, um bobo-da-corte, um cavalo, e um X-9 e deverão manter esse segredo e proteger a rainha. A queimada real encera-se quando a rainha de algum time é queimada. O Bobo-da-corte, quando queimado, pode dirigir-se ao campo adversário e atrapalhá-los. O cavalo, quando queimado, deve levar um colega de seu time consigo para o cruza. Caso o X-9 seja queimado, tem que contar aos adversários quem é a rainha de seu time.
Bomba (Duração:aproximadamente 10 minutos): Alunos dispostos lado a lado, formando um círculo, passando a bola entre si. Ao sinal, aquele que estiver com a bola, sai do grupo. Continuar a atividade até que reste apenas um no grupo.
Coletivo De Futebol e Queimada ( aproximadamente 10 minutos)

Avaliação da aula: em um breve momento após o encerramento das atividades ( aproximadamente 5 minutos), os professores se reunirão com os alunos para saberem se as atividades propostas foram prazerosas e o que foi aprendido pelos mesmos.



OBS: Achei interessante não retirar de todo as crianças de seu cotidiano das aulas de Educação Física. Por isso, antes de construir meus planos de aula pedi a opinião dos mesmos e das professoras e chegamos ao consenso de que ao final das aulas haveria um coletivo de futebol e um de queimada. O interessante de se observar é que os coletivos nem aconteceram na prática, tamanha a satisfação dos alunos com as aulas, quiseram continuar nas atividades que propus.

Estágio Obrigatório - 5º p - Educação Física. aluna: Karine Luzia Alves

Observei as aulas de Educação Física e o cotidiano da Escola Estadual Lafaiete Gonçalves, situada em Santa Luzia, bairro Palmital.



Acompanhei as aulas do professor Cláudio José Campos, no período de 18 de maio a 19 de junho de 2009, observando 12 turmas de 1º ao 3º ano escolar (antiga 1ª a 4ª série). Além disso a escola possui 02 turmas de PAV 1 (Programa Acelerar para vencer) – 6º e 7º ano (antiga 5ª e 6ª série). 03 turmas de PAVE 2 – 8º e 9º ano (antiga 7ª e 8ª série) 01 PAVE de 5º ano – Para os alunos que não conseguiram fechar a 1ª etapa, ensino fundamental. 02 turmas de 9º ano (antiga 8ª série), 08 turmas do Projeto Tempo Integral. O Programa Acelerar para Vencer é uma iniciativa do Governo para recuperar o aluno em situação de 2 anos de defasagem.

A Escola possui um Bloco de dois andares com 24 salas de aulas, uma cantina com espaço para a preparação da alimentação e um para servir as refeições. Uma secretaria (com vários arquivos, um computador e uma sala menor da Diretoria) uma sala para os professores (com um computador, um mimiógrafo, uma mesa grande, alguns armários para os professores guardarem seus objetos pessoais) , uma sala para a orientação da escola (com uma arquivo, vários armários de material). Os espaços são bem simples, os recursos até precários.

As aulas do Professor Cláudio são simples, a escola não dispõe de muitos materiais e, o pouco que tem, as vezes é roubado o que dificulta ainda mais. Ele intercala as semanas de aulas planejadas com semanas de aulas livres em que os alunos ficam a vontade para brincar, correr, pular corda, jogar bola livremente (diz que é um acordo para ter a confiança e o controle maior dos alunos). Com os meninos maiores fica mais fácil porque eles já possuem uma organização maior e dividem bem os materiais disponíveis. Já com os menores há uma dificuldade pois, como a maioria não possui acesso a brinquedos e, quando bolas, por exemplo, ficam disponíveis, alguns agem como se não pudessem dividir com os outros. Nas aulas planejadas ele procura executar atividades que "ajudam no desenvovimento do equilíbrio, postura, atenção, ritmo...." Dá alguma orientação de higiene pessoal e de relacionamento. Não houve tempo para que eu preparasse aulas, a escola estava num processo de arrecadação para a festa junina que aconteceu neste sábado (20/06). As aulas são agitadas as crianças quase incontroláveis. O turno da manhã é o mais complicado pois, como atende defasagem escolar, possui alunos de até 21 anos, que ficam "misturados" com os menores. São crianças e adolescentes muito carentes e marginalizados, estão sempre querendo quebrar as regras.

Nas aulas de ritmo, o professor usa um tambor e trabalha com palmas, percepção auditiva através de comandos. com o ''cineminha" procura trabalhar com desenhos que incentivam a amizade, o bom relacionamento, etc....

Em sala de aula estávamos sempre discutindo o porque ensinar, como ensinar e as implicações sociais em nossas atitudes e escolhas como professores. Bom, nesta escola percebi professores super empenhados e envolvidos com a realidade da região, alunos interessados em mudar a sua realidade, mães envolvidas com o dia a dia de seus filhos e profissonais empenhados em fazer o melhor a cada dia. Mas a maioria age de forma contrária e, confesso que tive medo do que nos espera como professores de Educação Física. Desenvolver um trabalho sério, que pode render atitudes e posturas morais e sociais adequadas, visando um futuro melhor, é um desafio que está além da quadra ou da sala de aula. Para mim ficou claro que, minha escolha tem que ter fundamento, organização e, principalmente tem que estar bem interiorizada, porque o nosso compromisso no futuro de muitas crianças vai fazer a diferença.

sábado, 20 de junho de 2009

O SIGNIFICADO DA BRINCADEIRA

Em uma das aulas da professora Karla por mim acompanhadas, a professora deu o horário da Educação Física livre para as crianças, pois teria uma reunião com a mãe de um aluno.
Como em todas asturmas, pude percber claramente como havia crianças líderes, que se destacavam entre as demais, e comandava sempre as brincadeiras. O mais interessante disso é que, os alunos líderes davam a idéia de uma brincadeira, e logo todos o seguiam, mas todos participavam da montagem das regras.
Por exemplo: no chão do pátio há oito círculos pintados onde as crianças brincam de "coelhino sai da toca". Haviam 10 alunos para 8 tocas. Sem que ninguém intervisse, as próprias crianças inventaram uma novo modo de brincar, andando em volta dos círculos, como na "dança das cadeiras", até que um aluno pré determinado gritasse "coelhinho sai da toca".
Havia também alguns alunos que reinventaram o "pega-pega", impantando o "pega-pega corrente".
O interessante a se observar é que nessas aulas em que os alunos estão "livres", a criatividade dos mesmos é aguçada. Cada grupo se reúne, (re)criando brincadeiras interessantes, que geram aprendizado inconsciente por parte dos mesmos. Isso é importante, pois de acordo com HUIZINGA (1980), o jogo é não só anterior a cultura, como constitui cultura. O jogo só tem significado para quem dele participa, enfeitiça, fascina e cativa. Promove a formação de grupos sociais, que envolvem em segredos que os diferem do resto do mundo.
Penso que são embasamentos teóricos como esses que fazem falta as professoras e as diferem dos profissionais de Educação Física, uma vez que a professora não fazia a menor idéia de que até mesmo esse momento livre poderia ser gerador de cultura.

Ana Cláudia Franco Lara.

IMPORTÂNCIA DA PRESENÇA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS

A Escola Municipal Shirley Regina Malta das Chagas, situada em Ribeirão das Neves, é uma escola que atende ao Ensino Fundamental/5, nos períodos da manhã e da tarde, e atende ao programa de ensino E.J.A., no período da noite.

Acompanhei 2 das turmas da 4ª série do Ensino Fundamental/9, da parte da manhã, que tinham como professoras Karla e Beth.

As professoras não possuem graduação em Educação Física, e nem a escola possui esse tipo de profissional. Portanto, meu estágio foi acompanhado pela pedagoga responsável, Bárbara, e pela diretora, Maria Josina.

As aulas de Educação Física eram constituídas, basicamente, de jogos de queimada e futebol. Algumas das vezes as professoras também implantaram a corda para que pudessem pular ou deixaram que as crianças ficassem livres para fazerem o que quisessem.

Ao que se pode perceber, provavelmente mesmo pela falta de conhecimento teórico sobre as aulas de Educação Física por parte das professoras, a Educação Física não é vista como uma área pedagógica, que necessita de uma transmissão e produção de conhecimento entre aluno e professor, como nos foi apresentado pelo professor Admir em suas aulas, baseado nas teorias de Bracht. Para as professoras, a Educação Física é mais um horário livre do que uma aula pedagógica fundamentada.

Acredito que o que falte para a Educação Física escolar seja um entendimento e reconhecimento do corpo docente de que a Educação Física é uma disciplina como qualquer outra, que deve basear-se em aspectos pedagógicos e ter um plano de ensino construído com seriedade e baseado em teorias sólidas a fim de atingir-se uma boa prática , podendo proporcionar aos alunos uma vivência e aprendizado significativos de consciência corporal e moral.

Devemos estar atentos ao fato de que os professores de Educação Física são parte importante e fundamental da formação dos alunos enquanto sujeitos sociais e de opinião. A prática corporal, em si, não é o suficiente. É necessária uma prática corporal consciente, utilizando-se da cultura corporal de movimento, para a formação integral de um ser humano.

É interessante ressaltar que ao final do semestre foi nomeada uma professora de Educação Física para o colégio, porém não cheguei a observar nenhuma de suas aulas, pois meu período de estágio já havia se cumprido.

O que me deixa mais feliz é o fato de que as crianças adoraram as aulas que foram dirigidas por mim.
No último dia 18, quando fui levar a diretora o restante dos documentos que tinha que assinar, as meninas da turma da professora Beth estavam sem fazer nada na aula, pois a professora de Educação Física não havia ido e não havia bola disponível. Quando me viram no protão, logo vieram correndo ao meu encontro pedindo que eu desse alguma atividade para elas. Não teve jeito, tive que aplicar algumas atividades para elas! Como isso me trouxe satisfação! Foi nesse momento que pude perceber que tão pouco que se faz por seus alunos, quando bem explicado e orientado, faz eles entenderem que o professor é importante e nós passamos a ser admirados pelos mesmos. Esse dia fez meu estágio inteiro valer a pena, com certeza!